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segunda-feira, 10 de maio de 2010

FRONTEIRAS DA IGUALDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE DE INDICADORES DA QUALIDADE DO TRABALHO DOCENTE

Antonio Barbosa Lúcio[1]

RESUMO

O artigo é resultado da pesquisa realizada com alunos-professores do Programa Especial para Graduação de Professores (PGP) da UNEAL. Possui por objetivo identificar e analisar fatores que dificultam a igualdade de aprendizagem no ensino fundamental no Estado de Alagoas. Especificamente verificaremos as condições de ensino e trabalho em escolas de três municípios do agreste alagoano: Arapiraca, Girau do Ponciano e Craíbas, em 2007. Demonstraremos, através de análise qualitativa, que a forma como é conduzida a educação na sociedade capitalista, distancia as classes populares não do acesso a escola, mas do conhecimento. As políticas públicas para a educação interferem na qualidade do ensino, dinamizando-o, de certa forma, às avessas, para que a sua funcionalidade esteja centrada na manutenção do poder vigente. Os professores, por sua vez, perdem a capacidade de ampliar habilidades críticas em meio às interferências de orientação tecnicista que passa a direcionar o ensino para o processo de reprodução de formas de saber específicas, objetivando a desqualificação profissional, mesmo dentro do que o sistema propõe como modelo educacional. Como resultados, contatamos que os indicadores da qualidade do trabalho docente, apesar de aparentemente centrados dentro da estrutura interna da escola, são motivados por interesses externos sob a lógica capitalista de exclusão social. Assim, tem-se uma escola abandonada pelo poder público; professores desmotivados que sofrem todo tipo de crítica, mas que ainda parecem acreditar na educação e na escola.


Palavras-chave: ensino fundamental; trabalho docente; educação pública


[1] Professor Assistente em Sociologia/ Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL-2010
Artigo, a ser publicado pela Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL/FADURPE

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