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domingo, 16 de novembro de 2008

MONOGRAFIAS DE GRADUAÇÃO DEFENDIDAS

Monografias na Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL- Núcleo de Estudos Agrários de Movimento Sindical Rural em Alagoas-NEASR

1- O processo de modernização e a intensificação do uso tecnológico na agro-indústria açucareira no extremo sul de Alagoas a partir da década de 1970. Maria Gisélia da Silva Gomes

Defendida:2006


RESUMO DO TRABALHO




Este trabalho tem por objetivo entender e analisar como ocorreu o processo de desenvolvimento, modernização e a intensificação do uso tecnológico agro-industrial açucareiro no extremo sul de Alagoas a partir da década de 1970. Durante todo período colonial brasileiro houve uma circulação de produtos em torno do qual se organizava e se estruturava a economia. Apesar de cada produtos ter seu valor, sua importância, seu período de apogeu, logo depois entrava em decadência. Porém, a cana-de-açúcar ocupou maior destaque principalmente na região Nordestina, transformando no maior pólo açucareiro do Brasil, tendo a frente as regiões de Pernambuco e Bahia, por ser o solo argiloso comum no litoral e nas margens dos rios destes Estados. No caso de Alagoas, o processo de desenvolvimento e ampliação do setor sucro-alcooleiro, ocorreu de forma lenta e gradual. Utilizaremos o método histórico-dialético. O que significa dizer que a pesquisa deve iniciar pelo concreto-dado. O concreto, na visão marxiana é a síntese de múltiplas e variadas determinações. Dessa forma, a pesquisa deve ter início com o real e o concreto, o que, de certa forma, aponta para uma síntese de múltiplas determinações, ou seja, a unidade na diversidade. Sendo assim, este trabalho, parte de uma questão essencial: como ocorreu o processo de reestruturação produtiva na área canavieira com a modernização da lavoura de cana-de-açúcar, através das inovações tecnológicas na agroindústria do extremo sul de Alagoas, principalmente referente à mecanização agrícola com o uso de insumos, a partir de 1970? A partir dessa questão é que surge a nossa hipótese de trabalho segundo a qual, o processo de reestruturação produtiva, ancorado no poder estatal, contribuiu decisivamente para estimular os proprietários de usinas a investir cada vez mais em tecnologias. Ao mesmo tempo, o espaço geográfico alagoano foi sofrendo alterações. A cana continuou ocupando e se expandindo no espaço antes do verde da mata atlântica, modificando também ao longo desse processo a relação social entre os trabalhadores rurais que assumem outro papel na sociedade, passando de produtor rural a trabalhador dos usineiros.
2- Estudo sobre a ação do sindicato dos trabalhadores rurais de Girau do Ponciano/AL nas décadas de 1980/1990 - Ana Maria Miranda dos Santos
Defendida:2006
RESUMO DO TRABALHO
Este trabalho teve como objetivo reconstituir e interpretar a ação do sindicato rural de Girau do Ponciano, especificamente nas décadas de 1980 – 1990. Partindo desse contexto, procuraremos analisar as funções e limites atribuídos ao sindicato rural do município em referencia. Tivemos como hipótese, mostrar que na realidade concreta do sindicalismo de Girau do Ponciano é prevista as funções previstas por Gramsci e Bordiga: garantr a continuidade do trabalho e do salário, pela a forma burocrática em que se estabelece, impedindo o desencadeamento da guerra de classe ou de conflitos mais agudos que pudessem ameaçar os lucros patronais. Percebemos que a realidade social e histórica desse sindicato é determinada pelas ações de seus dirigentes. Desse modo, analisamos as relações do movimento sindical brasileiro com diversos aspectos sócio-econômicos e políticos, que de forma verticalizada foram perpassados pela estrutura sindical oficial e se adequaram ao quadro político-econômico do sindicato rural em estudo.
3- Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Junqueiro/ AL - Rozivaine Barbosa de Sousa
Defendida: 2006
RESUMO DO TRABALHO
Este trabalho trata dos alcances e limites da ação do Sindicato Rural do Município de Junqueiro nas décadas de 1980 a 1990, no Estado de Alagoas, identificando fatores que caracterizaram a entidade sindical e seus dirigentes como atrasados e cooptados pela classe patronal, com práticas limitadas a perspectivas de cunho corporativista, burocrática, economicista, legalista e colaboracionista. Utilizamos contribuições teóricas pertinentes, no que a literatura expõe para o movimento sindical em geral e para o movimento sindical rural. No primeiro capítulo tratamos o processo de constituição e ação do movimento sindical numa escala global, a partir do avanço do sistema capitalista na sociedade européia final do século XVIII. Prosseguimos no segundo capítulo tratando a gênese do desenvolvimento sindical no Brasil, iniciando pelo sindicalismo urbano e posteriormente na esfera rural. A criação das centrais sindicais e as especificidades destas, em vários momentos históricos, da luta e atuação do sindicalismo no país durante as décadas de 1980 a 1990, de modo especifico a atuação da CONTAG, também foram tratadas como meio importante para compreensão da temática em questão. Tratamos ainda de aspectos históricos do Estado de Alagoas, como um meio necessário para a compreensão do processo de formação e atuação do sindicalismo alagoano. Evidenciando que a ação sindical em Alagoas e na maior parte dos seus municípios, inclusive na realidade concreta de Junqueiro, configurou-se: economicista, legalista, burocrática e assistencialista. Constituindo o terceiro e ultimo capítulo deste trabalho, o estudo sobre a realidade concreta do município de Junqueiro, a partir da sua constituição histórica até a organização da entidade sindical. Os limites e alcances do Sindicato Rural de Junqueiro, demonstrado na percepção das lideranças e dos associados locais explicitando o que impediu a concretização da finalidade dos sindicatos na defesa dos trabalhadores, e as conseqüências destes para a classe.
4- Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Junqueiro/ AL – José Rogério de Farias
RESUMO DO TRABALHO
Defendida:2006
A contínua contradição entre a forma de desenvolvimento da produção agrária brasileira e a realidade quotidiana de consideráveis parcelas do campesinato tem feito surgir uma série de movimentos sociais que são objetos de análise de muitos estudiosos das questões socioeconômicas. Compreender os movimentos sociais relativos às questões agrárias leva, inevitavelmente, a pensar o sindicato rural como uma das instâncias por que passa a relação entre trabalhador rural e luta social (GRZYBOWSKI, 1987). Com este embasamento, nosso trabalho visa à reconstituição e interpretação da ação do sindicato de Coité do Nóia, nas décadas de 1980-90, tendo como singularidade objetivar a identificação das funções e dos limites que se relacionam ao sindicato rural do município acima feito referência. Busca dar organicidade aos fatores que sejam capazes de tornar evidente, em nível teórico, a caracterização da entidade, e de seus respectivos gestores, como sendo atrasados, em suas perspectivas sindicais, e cooptados pelos grupos econômicos e políticos que possuem hegemonia. A hipótese de trabalho procura demonstrar que a entidade sindical representativa do trabalhador, mesmo sendo uma instância de embate contra o patronato, voltada para o interesse desse grupo social, historicamente não tem tido atuação substancial para tal fim (BOYTO Jr, 1991). Consideradas tais colocações, entendemos que este estudo, dada a particularidade com a qual se apresenta, é justificado em sua própria organização, qual seja, contribuir para estudar os rumos dos sindicatos rurais que existem no agreste alagoano, e de modo central na realidade concreta do município de Coité do Nóia, além de tentar contribuir com os estudos existentes que sejam voltados para a compreensão da realidade socioeconômica de Alagoas.

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