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domingo, 30 de novembro de 2008

SEMINÁRIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

SEMINÁRIO NACIONAL DE APOIO AO PROGRAMA DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO- PROCAMPO
Antonio Barbosa Lúcio


Foi realizado, em Brasília, o Seminário Nacional de Apoio ao Programa de Licenciatura em Educação do Campo- PROCAMPO, com a participação de 27 Universidades brasileiras participantes do Programa, sendo 4 com experiências-piloto e 23 novas universidades envolvidas no Programa. A Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL, esteve presente através do Coordenador do Curso, Prof. Antonio Barbosa Lúcio, aprovado pelo MEC/SECAD.


O Programa incentiva a institucionalização, nas universidades do Procampo. Para tanto, neste projeto serão enviados recursos na ordem de 960.000,00( novecentos e sessenta mil reais), para realização de cursos presenciais.


O A seminário, realizado em 27 e 28 de novembro de 2008, possuía os seguintes objetivos:


a) Promover a articulação entre instituições comprometidas com a execução do Procampo, a fim de fomentar a institucionalização da Rede de Formação de Educação do Campo;
b) Expor para as instituições selecionadas no processo seletivo desencadeado pelo Edital nº 2/2008, o formato e as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação para o Procampo;
c) Intercambiar experiências-piloto desenvolvidas no âmbito das Universidades Federais de Minas Gerais, Sergipe, Bahia e Universidade de Brasília;
d) Esclarecer dúvidas acerca da gestão orçamentária do Programa, com a presença de equipes da Secretaria de Educação Continuada, alfabetização e Diversidade -SECAD e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE;
e) Fomentar a expansão do Programa de forma articulada, visando o fortalecimento das diretrizes nacionais propostas para os cursos de licenciatura em educação do campo, a fim de otimizar sua institucionalização junto às universidades e sua regulamentação pelo Conselho Nacional de Educação(Rede, pesquisas, eventos, publicação);


Com a participação de todas as universidades envolvidas no Programa, ficou estabelecida, para 2009, a realização de eventos locais, estaduais, regionais e nacionais; a organização de redes de intercâmbio entre as universidades envolvidas; a fomentação de pesquisas e publicações. Couberam, também, as universidades a interação com os movimentos sociais e a definição de critérios para os vestibulares. Além disso, foi proposta agendamento de reunião entre uma comissão de universidade e o Ministro da Educação e o Secretário da SECAD visando sanar questões voltadas para a gestão dos cursos.

As Universidades que já realizaram( ou estão realizando) projetos de Educação do Campo, como UnB, UFBA, UFS e UFMG, relataram as experiências com o Programa, enfatizando o sucesso das atividades, tanto por parte da efetivação do curso como a ampliação da participação dos diversos segmentos sociais envolvidos. Ressaltou-se, também, a importância de um curso voltado para trabalhadores camponeses. Entendem, também, que a Educação do Campo, não nasce no Estado, mais vai alem e independente dele por ser fruto de aspirações dos camponeses e da necessidade de democratização do ensino como política de governo e não de Estado. O curso de Educação do Campo, de formação multidisciplinar, por vezes, não seria entendido pelos representantes das licenciaturas tradicionais. Ressaltam as universidades que a meta principal não seria eliminar as áreas tradicionais, mas redimensionar, buscando outra forma de conceber o ensino de graduação. Busca, também, ser marco político de transformação da vida, sendo aspirações históricas de dificuldades de acesso, atender a demanda existente e favorecer a ampliação da educação básica aos camponeses brasileiros. Funcionando na forma da Pedagogia da alternância, os cursos visam tanto a formação em tempo-escola como em tempo-comunidade, buscando maior interação entre os saberes produzidos na universidade com os produzidos nas comunidades envolvidas. Foi destacada, também, a historicidade do Programa nas experiências-piloto, enfatizando a organização de parcerias com os movimentos sociais e a necessidade de compreender o aluno coletivo, aquele que não representaria apenas a si próprio, mas a comunidade a qual é parte constituinte.


O prof. Armênio Bello Scmidt, Diretor de Educação para a Diversidade ressaltou que o MEC está ampliando o atendimento em Escolas no Campo, com a construção de escolas em áreas rurais, necessitando apenas que prefeituras enviem projetos. Destacou, entretanto que os municípios não apresentam projetos. Dos 376 municípios selecionados, apenas 19 teriam apresentados projetos. Destacou, também que nos últimos 6 anos foram fechadas cerca de 25 mil escolas no campo. Além disso, das escolas existentes 49 mil possuem apenas uma sala de aula.


O Estado de Alagoas conta com dois Projetos Aprovados: o da Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL e o da Universidade Federal de Alagoas-UFAL. Estes dois programas oferecerão 60 vagas cada, destinado aos camponeses alagoanos.

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